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Saturday, January 26, 2008

Excelente

Agora que o ano começa, e para que comece bem, vou fazer uma promessa ao meu pai e à minha mãe:
Cumprirei os cem por cento do meu serviço lectivo, os mui nobres objectivos do apoio educativo, o serviço não lectivo, sempre de olho bem vivo, para ter pontuação máxima do conselho executivo. Serei a melhor a melhorar, os resultados de alunos, e nunca mais dormirei, se isso significar, provar por A+B que sou eu quem mais consegue abandonos evitar. E ainda, coisa pouca, vou participar que nem louca, na vida do agrupamento, actividades e festas, projectos curriculares, extracurriculares, tudo o que me ordenem chefes e titulares, andarei em roda-viva, somando pontos à toa, não quero que nada me escape, que eu cá sou muito boa e bem pouco dada a ais, quando defino e cumpro objectivos pessoais. Serei moça empenhada, cheia de qualidade na minha participação, e não haverá nenhum chefe que não repare em mim e em tod'esta dedicação. Já nos &o E na auto-avaliação direi o melhor de mim (que se a gente não se amar, quem de nós irá gostar tanto tanto tanto assim?).
No fim de tudo isto, se não garantir um excelente, porque não há lugar na cota e é inconveniente, morderei de novo a raiva, farei um sorriso contente (será melhor prevenir), despeço-me por mais dois anos, na esperança do que há-de vir, que a coisa definhe e morra de enfarte e estupidez e que eu sobreviva à dita, sem ter ferido o amor que aqui me trouxe e me fez (de alma e coração, acordada e alerta, contra todos os absurdos, sem me vergar com a dor) defender com toda a força, a coisa séria que é isto de ser professor.
Agora que o ano começa, e para que comece bem, vou fazer uma promessa ao meu pai e à minha mãe:
Prometo ser forte e lutar para que o pesadelo descrito não me afogue a inteligência, não me contamine o corpo, não me deforme o sorriso, nem me impeça de sonhar...
Teresa Martinho Marques

Monday, January 21, 2008

O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade.
Albert Einstein

Sunday, January 20, 2008

Admirável mundo novo?


Cientistas clonaram embriões humanos

Uma equipa de cientistas norte-americanos anunciou hoje ter conseguido clonar embriões humanos a partir de células adultas da pele doadas por dois homens, através da a mesma técnica que permitiu criar a ovelha Dolly há 11 anos.

Os cientistas, da empresa Stemagen, em La Jolla, na Califórnia, utilizaram 29 ovócitos humanos, doados para investigação por mulheres. Começaram por lhes retirar o ADN do núcleo, para colocar depois no seu lugar o ADN das células da pele dos dois dadores.

Conseguiram assim obter cinco embriões, que chegaram à fase de blastocisto, a fase em que surgem as famosas células estaminais, capazes de originar todos os tipos de tecidos que compõem o organismo.

De facto, estas experiências de clonagem de embriões humanos têm como objectivo a obtenção de células estaminais embrionárias para fins terapêuticos — e não o nascimento de clones, como ocorreu no caso da Dolly. A ideia é utilizar as células estaminais no tratamento de doenças, com a particularidade de serem células feitas à medida de cada doente, uma vez que resultaram de clones deles.

Ora, hoje, a equipa norte-americana relatou, na revista Stem Cells, que os testes genéticos em dois dos cinco embriões obtidos indicavam que eram provavelmente clones (sendo o seu ADN igual ao do dador das células da pele). E que, em relação a um terceiro embrião, tinham sido feitos testes genéticos adicionais — mandados repetir num laboratório independente com idênticos resultados —, confirmando-se que era mesmo um clone. No fim desse processo de verificação, os embriões foram destruídos.

Não é a primeira vez que se anuncia a criação de clones humanos. Em 2001, a empresa norte-americana Advanced Cell Technology dizia tê-lo conseguido com a mesma técnica. Porém, os embriões só chegaram a ter quatro e seis células, pelo que ficaram numa fase muito mais precoce do que a do blastocisto e não houve confirmação de que eram clones. Entre 2001 e ontem, houve a fraude do sul-coreano Hwang Woo-suk, que em 2005 alegou ter produzido clones de embriões humanos e ter neles recolhido células estaminais.

Por tudo isto, Samuel Wood, o coordenador da equipa da Stemagen, sublinhava ontem na BBC online: “De facto, fomos os primeiros em todo o mundo a recolher células adultas e a documentar que fomos capazes de clonar embriões a partir delas.”

Por causa dos problemas éticos relacionados com os embriões e a clonagem humana, há cientistas a explorarem outras vias de obtenção das células estaminais embrionárias que não passam pelo embrião.

Ouvido pela BBC, Jack Price, do King’s College em Londres, especialista em células estaminais, dizia ontem que a experiência da Stemagen é um avanço. “É um progresso técnico. Mostra que o uso de embriões humanos ainda é promissor.”

17.01.2008 Teresa Firmino in Público

Saturday, January 12, 2008

Educar e ensinar! A grande diferença...


Numa escola oficial estava a ocorrer uma situação inusitada:
uma turma de miúdas de 12 anos, que usavam baton todos os dias, removiam o excesso beijando o espelho da casa de banho. O director andava bastante aborrecido, porque a senhora da limpeza tinha um trabalho enorme para limpar o espelho ao final do dia. Mas, como sempre, na tarde seguinte, lá estavam as mesmas marcas de baton. Chegou a chamar a atenção durante quase 2 meses, e nada mudou, todos os dias acontecia a mesma coisa....
Um dia, o director juntou as meninas e a senhora da limpeza na casa de banho, explicou pacientemente que era muito complicado limpar o espelho com todas aquelas marcas que elas faziam. Depois de uma hora a falar, e elas com cara de gozo, o director pediu à senhora "para demonstrar a dificuldade do trabalho". A senhora da limpeza imediatamente pegou no pano, molhou-o na sanita e passou no espelho.
Nunca mais apareceram marcas no espelho!

É, há professores e há educadores.

Thursday, January 10, 2008

Ele há coisas...

«Estudo: álcool influencia comportamento sexual das moscas macho
04.01.2008 - 19h14 PUBLICO.PT
Será que uns copos a mais podem alterar o comportamento sexual masculino? Uma equipa de cientistas da Universidade de Penn State, nos EUA, comprovou que quando se injecta uma determinada quantidade de álcool em moscas macho estas alteram o seu comportamento sexual.
O estudo, que teve como cobaia a mosca-da-fruta, concluiu que doses diárias de etanol, durante um largo período de tempo, semelhantes às ingeridas pelos alcoólicos crónicos, poderão mudar a orientação sexual das moscas.
Os machos que habitualmente cortejavam as fêmeas alteraram o seu comportamento e começaram a cortejar também os machos. Ao embebedarem as moscas os cientistas fizeram com que estas melhorassem a sua performance sexual e reduzissem os comportamentos inibitivos.

Num dos estudos foi ainda possível verificar que a sexualidade das moscas-macho também sofria influência da temperatura exterior. Sempre que a temperatura ambiente ultrapassava os 32ºC a actividade de dopamina no cérebro era bloqueada e estas regressavam ao seu comportamento sexual normal.

“Este trabalho demonstra que a sexualidade não é apenas determinada pelo desenvolvimento do organismo mas também influenciada por factores exteriores como o álcool” afirmou o cientista responsável por esta descoberta, Kyung-An Han, professor de biologia em Penn State.

A equipa de cientistas planeia utilizar este modelo para outros estudos. A investigação abre assim caminho para a descoberta de possíveis factores exteriores, como é o caso do álcool, que podem influenciar a preferência sexual masculina.»

Com esta é que eu fiquei zonza.

Sunday, January 6, 2008

Arte e moral


A arte não tem, para o artista, fim social. Tem, sim, um destino social, mas o artista nunca sabe qual ele é, porque a Natureza o oculta no labirinto dos seus designios. Eu explico melhor. O artista deve escrever, pintar, esculpir, sem olhar a outra cousa que ao que escreve, pinta, ou esculpe. Deve escrever sem olhar para fora de si. Por isso a arte, não deve ser, propositadamente, moral nem imoral. É tão vergonhoso fazer arte moral como fazer arte imoral. Ambas as [cousas] implicam que o artista desceu a preocupar-se com a gente de lá fora. Tão inferior é, neste ponto, um sermonário católico como um triste Wilde ou d'Annunzio, sempre com a preocupação de irritar a plateia. Irritar é um modo de agradar. Todas as criaturas que gostam de mulheres sabem isso, e eu também sei.

Fernando Pessoa, in 'Sobre «Orpheu», Sensacionismo e Paùlismo'

Eh pá ! O que pra aí vai de artistas imorais...