"Há pessoas que transformam o Sol numa simples mancha amarela, mas há aquelas que fazem de uma simples bola amarela o SOL"
Pablo Picasso
Thursday, December 3, 2009
Tuesday, December 1, 2009
A fábula do Porco-espinho
Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram juntar-se em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.
Por isso decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados, então precisavam fazer uma escolha:
Ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram.
Moral da História
O melhor do relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar suas qualidades.
Por isso decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados, então precisavam fazer uma escolha:
Ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram.
Moral da História
O melhor do relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar suas qualidades.
Wednesday, October 7, 2009
Fala quem sabe e eu subscrevo
Tudo o que "adquirimos" é-nos emprestado, um dia temos de devolver.
A alma, essa foi-nos dada, é nela que devemos "investir"porque é eterna
e também a fonte da felicidade.
O autor deste texto é João Pereira Coutinho, jornalista. Vale a pena ler!
Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos. Percebo porquê.
Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar.
Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis, e um exército
de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se acriança fosse um potro de competição.
Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida, mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho.
Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac.
É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima.
Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!
A alma, essa foi-nos dada, é nela que devemos "investir"porque é eterna
e também a fonte da felicidade.
O autor deste texto é João Pereira Coutinho, jornalista. Vale a pena ler!
Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos. Percebo porquê.
Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar.
Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis, e um exército
de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se acriança fosse um potro de competição.
Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida, mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho.
Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac.
É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima.
Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!
Sunday, October 4, 2009
Se eu me sentir sono, (20-4-1934)
Se eu me sentir sono,
E quiser dormir,
Naquele abandono
Que é o não sentir,
Quero que aconteça
Quando eu estiver
Pousando a cabeça,
Não num chão qualquer,
Mas onde sob ramos
Uma árvore faz
A sombra em que bebamos,
A sombra da paz. (Fernando Pessoa)
E quiser dormir,
Naquele abandono
Que é o não sentir,
Quero que aconteça
Quando eu estiver
Pousando a cabeça,
Não num chão qualquer,
Mas onde sob ramos
Uma árvore faz
A sombra em que bebamos,
A sombra da paz. (Fernando Pessoa)
Tuesday, August 18, 2009
Tempo de quente
Uma verdade incontornável que ouvi da boca de um inocente:
«Se não consigo limpar a minha imagem pelo menos vou tentar sujar a dos outros»
Isto faz-me lembrar alguma coisa...
«Se não consigo limpar a minha imagem pelo menos vou tentar sujar a dos outros»
Isto faz-me lembrar alguma coisa...
Sunday, July 5, 2009
HISTÓRIA EXEMPLAR
.
Entrei.
– Tire o chapéu – disse o Senhor Director.
Tirei o chapéu.
– Sente-se – determinou o Senhor Director.
Sentei-me.
– O que deseja? – investigou o Senhor Director.
Levantei-me, pus o chapéu e dei duas latadas no Senhor Director.
Saí.
.
[Mário-Henrique Leiria, de Contos do Gin-Tonic, 1973]
Entrei.
– Tire o chapéu – disse o Senhor Director.
Tirei o chapéu.
– Sente-se – determinou o Senhor Director.
Sentei-me.
– O que deseja? – investigou o Senhor Director.
Levantei-me, pus o chapéu e dei duas latadas no Senhor Director.
Saí.
.
[Mário-Henrique Leiria, de Contos do Gin-Tonic, 1973]
Sunday, May 31, 2009
Vender a alma ao diabo
Como bem sabemos, o diabo é o pai da mentira e a especialidade dele é enganar os incautos. E o diabo tem muitas formas e volta sempre para cobrar o que é seu. Por isso quem alinha nas suas mentiras sabe que é certa a dívida que tem para pagar. Ainda que o benefício do poder que lhe foi conferido por esta alinça seja enorme, certo é que os juros tornarão o seu pagamento insuportável...por isso cuidado. Alianças inesperadas com quem pode cavar a nossa sepultura revelam-se sempre perigosas e conduzem as nossas acções por um caminho de iniquidade impossível de fugir e sem qualquer apelação. Tenhamos juízo.
Monday, May 4, 2009
Uma história para adormecer
VASO DA VELHA CHINESA :
Uma chinesa velha tinha dois grandes vasos, cada um suspenso na extremidade de uma vara que ela carregava nas costas.
Um dos vasos era rachado e o outro era perfeito. Todos os dias ela ía ao rio buscar água, e ao fim da longa caminhada do rio até casa o vaso perfeito chegava sempre cheio de água, enquanto o rachado chegava meio vazio.
Durante muito tempo a coisa foi andando assim, com a senhora chegando a casa somente com um vaso e meio de água.
Naturalmente o vaso perfeito tinha muito orgulho do seu próprio resultado - e o pobre vaso rachado tinha vergonha do seu defeito, de conseguir fazer só a metade daquilo que deveria fazer.
Ao fim de dois anos, reflectindo sobre a sua própria amarga derrota de ser 'rachado', durante o caminho para o rio o vaso rachado disse à velha :
'Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que tenho faz-me perder metade da água durante o caminho até à sua casa ...'
A velhinha sorriu :
'Reparaste que lindas flores há no teu lado do caminho, somente no teu lado do caminho ? Eu sempre soube do teu defeito e portanto plantei sementes de flores na beira da estrada do teu lado. E todos os dias, enquanto voltávamos do rio, tu regava-las.
Foi assim que durante dois anos pude apanhar belas flores para enfeitar a mesa e alegrar o meu jantar. Se tu não fosses como és, eu não teria tido aquelas maravilhas na minha casa !'
Cada um de nós tem o seu defeito próprio : mas é o defeito que cada um de nós tem, que faz com que nossa convivência seja interessante e gratificante.
É preciso aceitar cada um pelo que é ... e descobrir o que há de bom nele !
Ainda que isso nos pareça por vezes quase impossível.
Uma chinesa velha tinha dois grandes vasos, cada um suspenso na extremidade de uma vara que ela carregava nas costas.
Um dos vasos era rachado e o outro era perfeito. Todos os dias ela ía ao rio buscar água, e ao fim da longa caminhada do rio até casa o vaso perfeito chegava sempre cheio de água, enquanto o rachado chegava meio vazio.
Durante muito tempo a coisa foi andando assim, com a senhora chegando a casa somente com um vaso e meio de água.
Naturalmente o vaso perfeito tinha muito orgulho do seu próprio resultado - e o pobre vaso rachado tinha vergonha do seu defeito, de conseguir fazer só a metade daquilo que deveria fazer.
Ao fim de dois anos, reflectindo sobre a sua própria amarga derrota de ser 'rachado', durante o caminho para o rio o vaso rachado disse à velha :
'Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que tenho faz-me perder metade da água durante o caminho até à sua casa ...'
A velhinha sorriu :
'Reparaste que lindas flores há no teu lado do caminho, somente no teu lado do caminho ? Eu sempre soube do teu defeito e portanto plantei sementes de flores na beira da estrada do teu lado. E todos os dias, enquanto voltávamos do rio, tu regava-las.
Foi assim que durante dois anos pude apanhar belas flores para enfeitar a mesa e alegrar o meu jantar. Se tu não fosses como és, eu não teria tido aquelas maravilhas na minha casa !'
Cada um de nós tem o seu defeito próprio : mas é o defeito que cada um de nós tem, que faz com que nossa convivência seja interessante e gratificante.
É preciso aceitar cada um pelo que é ... e descobrir o que há de bom nele !
Ainda que isso nos pareça por vezes quase impossível.
Tuesday, April 21, 2009
Ser feliz ou ter razão?
Oito da noite, numa avenida movimentada. O casal já está atrasado para jantar na casa de uns amigos.O endereço é novo, bem como o caminho que ela consultou no mapa antes de sair.Ele conduz o carro.Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda. Ele tem certeza de que é à direita. Discutem.Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal- humorados, ela deixa que ele decida. Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado.Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno. Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados.Mas ele ainda quer saber:
- Se tinhas tanta certeza de que eu estava indo pelo caminho errado, devias ter insistido um pouco mais...E ela diz:
- Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz. Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite!
MORAL DA HISTÓRIA:
Esta pequena história foi contada por uma empresária, durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho. Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente, de tê-la ou não.
Lamento muito que se entenda a cedência num impasse ou conflito como uma derrota. Quantas vezes o tenho feito e sido apontada «por ter estado muito calada». Há silêncios que são de ouro, lá diz o povo. Principalmente quando se vem a demonstrar a razão depois do silêncio. Para quê ser infeliz depois de acesa discussão, por que razão lutar tanto, ferir tanta gente e sair ferido quando para tudo há solução...
Para se sair vitorioso é preciso estar feliz, mas isso impossível depois de se ferir tanta gente e nós proprios sairmos feridos.Desculpem-me o lugar comum, mas quem tem olhos que leia!
- Se tinhas tanta certeza de que eu estava indo pelo caminho errado, devias ter insistido um pouco mais...E ela diz:
- Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz. Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite!
MORAL DA HISTÓRIA:
Esta pequena história foi contada por uma empresária, durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho. Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente, de tê-la ou não.
Lamento muito que se entenda a cedência num impasse ou conflito como uma derrota. Quantas vezes o tenho feito e sido apontada «por ter estado muito calada». Há silêncios que são de ouro, lá diz o povo. Principalmente quando se vem a demonstrar a razão depois do silêncio. Para quê ser infeliz depois de acesa discussão, por que razão lutar tanto, ferir tanta gente e sair ferido quando para tudo há solução...
Para se sair vitorioso é preciso estar feliz, mas isso impossível depois de se ferir tanta gente e nós proprios sairmos feridos.Desculpem-me o lugar comum, mas quem tem olhos que leia!
Tuesday, April 14, 2009
Para ser grande, sê inteiro
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive
Ricardo Reis
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive
Ricardo Reis
Sunday, March 1, 2009
A crise
Não pretendemos que as coisas mudem, se fazemos sempre o mesmo. A crise é a melhor benção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar superado.
Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções. A verdadeira crise é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro.
"Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la".
Albert Einstein
Eu acrescentaria que a crise nos obriga a olhar para dentro da nossa essencia e a ver a ver a realidade do que somos e necessitamos. Contudo nem sempre conseguimos ver como poderemos usufruir do muito que até agora o mundo nos proporcinou, em parte porque estamos procupados em obter o que que até nem poderemos vir a disfrutar.
Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções. A verdadeira crise é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro.
"Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la".
Albert Einstein
Eu acrescentaria que a crise nos obriga a olhar para dentro da nossa essencia e a ver a ver a realidade do que somos e necessitamos. Contudo nem sempre conseguimos ver como poderemos usufruir do muito que até agora o mundo nos proporcinou, em parte porque estamos procupados em obter o que que até nem poderemos vir a disfrutar.
Thursday, February 26, 2009
Wednesday, February 25, 2009
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