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Tuesday, May 31, 2011

A SAPIÊNCIA DE UM POVO INVEJADO. . .

Um lisboeta vai ao consultório de um conhecido psicólogo e diz-lhe:
- Todas as vezes que estou na cama, acho que está alguém debaixo da cama. Nessa altura eu vou para baixo da cama para ver, e acho que há alguém em cima da cama. Para baixo, para cima, para baixo, para cima. Estou a ficar maluco doutor!

- Deixe-me tratar de si durante dois anos - diz o psicólogo. Venha três vezes por semana, e eu curo esse problema.

- E quanto é que eu vou pagar por cada sessão? - Pergunta o lisboeta.

- 80 Euros por sessão - responde o psicólogo

- Bem, eu vou pensar - conclui o sujeito.

Passados seis meses, eles encontram-se na rua.
- Então porque não apareceu no meu consultório? - Pergunta o psicólogo.

- 80 euros a consulta, três vezes por semana, dois anos = 12.480 euros, ia ficar-me muito caro. Além disso, falei com um alentejano na minha herdade que me curou por 20 euros.

- Ah é? Como? - Pergunta o psicólogo.

O sujeito responde:

- Por 20 euros ele cortou os pés da cama...

Muitas vezes o problema é sério, mas a solução pode ser muito simples! Pense numa solução, em vez de ficar focado no problema.

Sunday, January 2, 2011

Bom Ano

Recomeça….
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças…

Miguel Torga

Monday, December 13, 2010

Sou assim

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
...Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."
Fernando Pessoa

Friday, December 3, 2010

A felicidade

Que dia. Uma das noticias mais arrepiantes foi a daquela mulher de 24 anos que atirou com o filho para uma ribeira, acabando este por morrer. Estou mesmo a ver as reacções: «Ai coitada que não tinha o juízo todo.» «Era muito nova para ter um filho. Com esta crise não o conseguia criar» etc, etc etc. E todos viramos as costas e achamos que não pertencemos a esse universo alternativo de monstros que matam os filhos. Pois bem, pertencemos. E a prová-lo estão as justificações da sujeita: o filho não lhe deixava tempo para ela própria. Que mundo lixado este que não deixa tempo para nós proprios. Mas percebi que este principio tão em voga nos nossos dias decorre daquele célebre «corolário» que os hipócritas gostam de usar e que é:«o fim último da vida não é a excelência mas a felicidade».Ao que parece, para muitos, na vida não pode haver lugar ao sofrimento e sacrificio. Apenas prazer. E felicidade... tudo o que cause sacrificio deve ser eliminado bem como aqueles que nos sujeitem a tal porque parecem não ser dignos desta sociedade de pessoas felizes. Agora não adianta nada, aquelas mãe viverá com sofrimento e de certeza que nunca mais terá tempo apenas para si. E talvez devessemos baixar a bolinha e não procurar a felicidade mas deixar que elas nos encontre.Tenho a certeza assim que arranjaremos tempo para nós próprios.

Monday, November 29, 2010

A depressão do domingo

Estudo diz que pessoas só conseguem 'desligar' na manhã de sábado e que voltam a pensar nisso a meio da tarde de domingo

"A minha semana nem sempre começa à segunda-feira. Às vezes começa logo no domingo. A partir da parte da tarde é como se já fosse um dia de semana normal." Jorge tem 32 anos e trabalha como consultor na área das tecnologias de informação, um trabalho exigente e competitivo. Por isso, nem sempre é fácil "desligar" e o domingo serve já para "preparar a semana". Está longe de ser caso único: segundo um estudo britânico, para a maior parte dos que trabalham, o fim-de-semana termina às 16.00 de domingo e, na prática, dura apenas 27 horas.

Isto porque, segundo o mesmo estudo, só por volta da uma da tarde de sábado é que os trabalhadores começam a descontrair. E por volta das 16.00 de domingo voltam a pensar em trabalho e a organizar mentalmente a semana seguinte. Fazendo as contas sobram 27 horas de descanso em que conseguem estar completamente desligados do emprego.

O inquérito - feito por uma cadeia de hotéis britânica que entrevistou 4000 empregados entre os 18 e 60 anos sobre os seus hábitos de trabalho - descobriu que seis em cada dez acabam por fazer alguma tarefa relacionada com o trabalho ao longo do fim-de-semana, reduzindo ainda mais o tempo de descanso. Quase metade passa os olhos pelo e-mail do trabalho e 10% trabalham com frequência aos fins-de-semana. Um quarto admitiu que o faz porque se sente pressionado pelo chefe. Outros pelo facto de os colegas também o fazerem.

O sociólogo do trabalho Luís Graça considera que estas são algumas das consequências perversas da revolução das comunicações. "As próprias empresas dão aos trabalhadores presentes envenenados, como computadores portáteis e telemóveis de última geração, que fazem com que eles estejam 24 horas por dia ligados", lembra.

Assim, o fim-de-semana, uma conquista do século XX - em Portugal, na segunda metade - , é ameaçado por empregos que "transbordam" para fora do local de trabalho. "Há uma regressão, que terá custos para a saúde física e mental dos trabalhadores e para a qualidade de vida e da vida em família", conclui o sociólogo, especialista em saúde ocupacional.

Aliás, metade dos entrevistados no referido estudo inglês admitiu que o trabalho afecta o tempo que passam com a família, e mais de metade que se sentiam demasiado cansados para aproveitar o fim--de-semana, em parte devido às tarefas domésticas.

E se demoraram décadas a regular as "perversidades da revolução industrial" - dos horários ao trabalho infantil, passando pela segurança - também pode haver "uma geração cobaia" até se encontrar uma forma de regular os efeitos desta mudança de paradigma em relação ao trabalho", alerta o sociólogo.

"O trabalho, por um lado, foi fortemente intelectualizado, mesmo nas fábricas, devido à automatização. É fisicamente mais leve, mas mentalmente mais cansativo. As pessoas já não são esmagadas pelas máquinas, mas há novos problemas. O trabalho é uma coisa que nos persegue e que em alguns casos causa grande sofrimento", explica Luís Graça.

«O fim-de-semana dura apenas 27 horas »
por PATRÍCIA JESUS 27-11-2010

Burros e companhia

Certo dia, numa pequena e distante vila, apareceu um homem a anunciar que compraria burros a 5 euros cada. Como havia muitos burros na região, todos os habitantes da pequena vila começaram a caça ao burro. O homem acabou por comprar centenas de burros a 5 euros. Quando os habitantes diminuiram o esforço na caça, o homem passou a oferecer 10 euros por cada burro.

Toda a gente foi novamente à caça, mas os burros começaram a escassear e a caça foi diminuindo.

É então que o homem aumenta a oferta para 25 euros por burro, mas a quantidade de burros ficou tão reduzida que já não compensava o esforço de ir à caça.

O homem anunciou então que compraria os burros a 50 euros. Mas que teria que se ausentar por uns dias e deixaria o seu assistente responsável pela compra dos burros.

É então que, na ausência, do homem o assistente faz esta proposta aos habitantes da pequena vila:
- Sabéis dos burros que o meu patrão vos comprou? E se eu vos vendesse esses burros a 35 euros cada? E assim que o meu patrão voltar vós podeis vende-los a ele pelos 50 euros que ele oferece, e ganhais uma pipa de massa!!! Que acham?

Toda a gente concordou. Reuniram todas as economias e compraram as centenas de burros ao assistente por 35 euros cada um.

Os dias passaram e eles nunca mais viram o homem nem o seu assistente - somente burros por todo o lado !

Entendeste agora como funciona o mercado de acções e porque apareceu a crise?

Monday, October 25, 2010

O céu e o inferno

Conta-se que um poeta estava um dia passeando ao crepúsculo em uma floresta, quando de repente surgiu diante dele uma aparição do maior dos poetas, Virgílio. Virgílio disse ao apavorado poeta que o destino estava sorrindo para ele e que ele tinha sido escolhido para conhecer os segredos do Céu e do Inferno. Por mágica Virgílio transportou-se e ao poeta, ainda apavorado com experiência tão súbita, ao velho e mítico rio que circundava o submundo. Entraram em uma canoa e Virgílio instruiu o poeta para remar até o Inferno. Quando chegaram, o poeta estava algo surpreso por encontrar um lugar semelhante à floresta onde estavam, e não feito de fogo e enxofre nem infestado de demônios alados e criaturas nojentas exalando fogo, como ele esperava.
Virgílio pegou o poeta pela mão e levou-o por uma trilha. Logo o poeta sentiu, à medida que se aproximavam de uma barreira de rochas e arbustos, o cheiro de um delicioso ensopado. Junto com o cheiro, entretanto, vinham misteriosos sons de lamentações e ranger de dentes. Ao contornar as rochas, depararam-se com uma cena incomum. Havia uma grande clareira com muitas mesas grandes e redondas. No meio de cada mesa havia uma enorme panela contendo o ensopado cujo cheiro o poeta havia sentido, e cada mesa estava cercada de pessoas definhadas e obviamente famintas. Cada pessoa segurava uma colher com a qual tentava comer o ensopado. Devido ao tamanho da mesa, entretanto, e por serem as colheres compridas de forma a alcançar a panela no centro, o cabo das colheres era duas vezes mais comprido do que os braços das pessoas que as usavam. Isto tornava impossível para qualquer uma daquelas pessoas famintas colocar a comida na boca. Havia muita luta e imprecações enquanto cada pessoa tentava desesperadamente pegar pelo menos uma gota do ensopado.
O poeta ficou muito abalado com a terrível cena, até que tampou os olhos e suplicou a Virgílio que o tirasse dali. Em um momento eles estavam de volta à canoa e Virgílio mostrou ao poeta como chegar até o Céu. Quando chegaram, o poeta surpreendeu-se novamente ao ver uma cena que não correspondia às suas expectativas. Aquele lugar era quase exatamente igual ao que eles tinham acabado de sair. Não havia grandes portões de pérolas nem bandos de anjos a cantar. Novamente Virgílio conduziu-o por uma trilha onde um cheiro de comida vinha de trás de uma barreira de rochas e arbustos. Desta vez, entretanto, eles ouviram cantos e risadas quando se aproximaram. Ao contornarem a barreira, o poeta ficou muito surpreso de encontrar um quadro idêntico ao que eles tinham acabado de deixar; grandes mesas cercadas por pessoas com colheres de cabos desproporcionais e uma grande panela de ensopado no centro de cada mesa. A única e essencial diferença entre aquele grupo de pessoas e o que eles tinham acabado de deixar, era que as pessoas neste grupo estavam usando suas colheres para alimentar uns aos outros.


Robert B. Dilts e outros
No livro Neuro-Linguistic Programming Vol. I (Meta Publications). Tradução: Virgílio Vasconcelos Vilela