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Wednesday, June 25, 2008

continuando com o tema da mentira...esta é divina

Numa dada noite, três estudantes universitários beberam até altas horas e não estudaram para o teste do dia seguinte.

Na manhã seguinte, eles desenharam um plano pra se safarem. Sujaram-se da pior maneira possível, com cinza, areia e lixo. Então, eles foram ter com o director da cadeira e disseram que tinham ido a um casamento na noite anterior e no seu regresso um pneu do carro que conduziam rebentou. E eles tiveram que empurar o carro todo caminho e portanto não estavam em condicões de fazer aquele teste.

O director que, era uma pessoa justa, disse que eles fariam um teste-substituicão em três dias, e que pra esse não haviam desculpas. Eles afirmaram que isso não seria problema e que estariam preparados.

No terceiro dia eles apresentaram-se para o teste.
O director disse que aquele era um teste sob condicões especiais e que os três teriam que o fazer em salas diferentes.
Os três, dado que tinham estudado bem para o teste e achavam-se preparados, concordaram com o director.

O teste tinha 5 perguntas com um total de 20 valores.

Q .1. Escreva o seu nome ----- ( 0.5 valores)

Q.2. Escreva o nome da noiva e do noivo do casamento a que foste ha quatro dias atras -----(5 valores )

Q.3. Que tipo de carro conduziam cujo pneu rebentou.----(5 valores)

Q.4 . Qual das 4 rodas rebentou ------- ( 5 valores )
Q.6. Qual era a marca da roda que rebentou (2valores)
Q.5. Quem ia a conduzir?---------- (2.5 valores)

Wednesday, June 18, 2008

mentir


«Toda a gente mente»
Dr. House

Porque é que, na maior parte das vezes, os homens na vida quotidiana dizem a verdade? Certamente, não porque um deus proibiu mentir. Mas sim, em primeiro lugar, porque é mais cómodo, pois a mentira exige invenção, dissimulação e memória. Por isso Swift diz: «Quem conta uma mentira raramente se apercebe do pesado fardo que toma sobre si; é que, para manter uma mentira, tem de inventar outras vinte». Em seguida, porque, em circunstâncias simples, é vantajoso dizer directamente: quero isto, fiz aquilo, e outras coisas parecidas; portanto, porque a via da obrigação e da autoridade é mais segura que a do ardil. Se uma criança, porém, tiver sido educada em circunstâncias domésticas complicadas, então maneja a mentira com a mesma naturalidade e diz, involuntariamente, sempre aquilo que corresponde ao seu interesse; um sentido da verdade, uma repugnância ante a mentira em si, são-lhe completamente estranhos e inacessíveis, e, portanto, ela mente com toda a inocência.

Friedrich Nietzsche, in 'Humano, Demasiado Humano'

Então quando são vários a contar mentiras sobre uma mesma realidade... aí é que a coisa se complica.

Wednesday, June 11, 2008

nascer e morrer

Dizem as escrituras sagradas: “Para tudo há o seu tempo. Há tempo para nascer e tempo para morrer”. A morte e a vida não são contrárias. São irmãs. A “reverência pela vida” exige que sejamos sábios para permitir que a morte chegue quando a vida deseja ir. Cheguei a sugerir uma nova especialidade médica, simétrica à obstetrícia: a “morienterapia”, o cuidado com os que estão morrendo. A missão da morienterapia seria cuidar da vida que se prepara para partir. Cuidar para que ela seja mansa, sem dores e cercada de amigos, longe de UTIs. Já encontrei a padroeira para essa nova especialidade: a “Pietà” de Michelangelo, com o Cristo morto nos seus braços. Nos braços daquela mãe o morrer deixa de causar medo.
Rubem Alves.